O controle do uso das vagas de estacionamento da Zona Azul, na área central de Florianópolis, começou a ser retomado nesta terça-feira. Vinte dos 50 novos monitores e supervisores contratados emergencialmente, depois que os funcionários entraram em greve, saíram às ruas por volta das 8h. A expectativa da gerência do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) é oferecer o serviço em pelo menos 30% das 4,8 mil vagas ainda pela manhã. À tarde, os demais funcionários recém-contratados devem se apresentar e começar o monitoramento dos demais espaços explorados pela Zona Azul.
Um grupo de 22 funcionários que estavam em greve se reapresentou na sede da autarquia, na rua Madalena Barbi. Os monitores manifestaram interesse de voltar ao trabalho. Outros 70 dos que ainda permanecem em greve estão reunidos do lado de fora do prédio. Eles aguardam a chegada dos demais funcionários que aderiram à greve para decidir novas ações. A Guarda Municipal mantém a segurança no local e, em conjunto com a Polícia Militar (PM), protege os novos agentes de trânsito de retaliações por parte do grupo em greve. Para que os novos funcionários pudessem acessar o prédio, um cordão de isolamento teve de ser montado pelos agentes de segurança
Críticas
O líder da comissão de funcionários em greve, Alexandre Fernandes, criticou o reinício do serviço da Zona Azul com funcionários novos. Para ele, os novos trabalhadores não foram capacitados para exercer a função e estão mais propensos a cometer erros, entre eles, indicações de multas equivocadas. Conforme o Ipuf, os novos fiscais foram treinados na segunda-feira e vão contar com a orientação dos funcionários que abandonaram o movimento grevista e retomaram os trabalhos.
Notificações
O diretor de operações do Ipuf, Giovani Reis, informou que os proprietários de veículos notificados durante o período em que o serviço esteve suspenso terão até três dias para regularizar a situação sem que seja emitida multa pela infração. O notificado deve ir até a sede do Ipuf ou da Zona Azul.
Entenda o caso
Os funcionários da Zona Azul iniciaram as paralisações em 16 de outubro, em protesto contra um projeto da prefeitura que sugere a privatização do serviço. Eles temem demissões e a redução de benefícios trabalhistas, além do aumento do valor cobrado dos usuários. Desde as mobilizações, prefeitura e trabalhadores buscam saídas para o impasse. A cobrança pelo uso das vagas segue prejudicado. O projeto que prevê a concessão do serviço deve ir à votação até 3 de novembro. Segundo informações preliminares, os funcionários devem, nesta terça-feira, pedir o apoio de oito vereadores que teriam se manifestado contrários à concessão da Zona Azul.
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